NOVOS DESAFIOS (tempo aprox. de leitura: 2 min.)
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“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.” Aristóteles
Desde meus quinze anos, quando entrei na Marinha, assumi o pensamento de que, para ser um bom profissional, um bom oficial, eu teria que entender e seguir as rotinas descritas nos “manuais”. Gostei da ideia reconfortante de que quase tudo que eu deveria fazer estava escrito em algum lugar.
Quando fui para a Marinha Mercante não foi muito diferente. Encarei o trabalho como um conjunto de novas rotinas a serem seguidas. Continuei sendo um profissional fazendo tudo “by the book”.
Tive, por causa dessa atitude, vários momentos em que fiquei em evidência, demonstrando conhecimento de forma segura e determinante, resolvendo e clareando situações onde meus pares e superiores só viam problemas sem solução. Claro que esses momentos me trouxeram, em alguns casos, reconhecimento, em alguns outros, reprovação, apesar de sempre ter o cuidado de mostrar que as informações que tinha eram acessíveis a qualquer um, sem a necessidade de uma mente brilhante para enxergá-las.
Tais momentos reforçaram minha convicção até cerca de dois anos atrás, quando fui convidado a participar de um novo projeto e me forçando a sair da minha zona de conforto (ou seria zona de preguiça?).
Fez-me lembrar as palavras de Luis Fernando Veríssimo: “Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas…”
Afogando meus paradigmas, mergulhei de cabeça no projeto de construção e consolidação do Instituto Mar Futuro, sem manuais em que pudesse me escorar ou conhecimentos prévios que me dessem rumos seguros.
Acho que é a isso que chamam de empreendedorismo.
O único alento é a certeza de que me associei com pessoas mais preparadas do que eu, afinal, como passei jocosamente a dizer, não confundam empreendedor novo com empreendedor burro!
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Leonardo Seixas (Diretor de Marketing)