PROPÓSITO (tempo aprox. de leitura: 2 min.)
.
“Todas as graças da mente e do coração se escapam quando o propósito não é firme.” (William Shakespeare)
Recentemente, várias situações fizeram-me refletir e argumentar com o uso do propósito como resposta.
Somos facilmente compelidos a analisarmos e agirmos com precipitação as coisas vividas no âmbito pessoal e profissional, sem perguntarmos, com mais profundidade, os reais propósitos que deveríamos ter em mente nesses momentos.
Envolvidos nas rotinas, nossos “motores de vida” são mais imediatistas; rasos.
Isso me lembra um artigo que li há muito tempo sobre uma pesquisa de Harvard (muitas delas feitas com longa duração de coletas de dados).
Do que me lembro, a pesquisa começou com a típica e simples pergunta aos universitários: “Por que você está fazendo essa faculdade?”
Os dados obtidos revelaram algo como o Princípio de Pareto: onde apenas 20% responderam com firmeza e detalhes suas grandes intenções de carreira e 80% não sabiam explicar com a mesma desenvoltura e clareza ou não souberam responder. Passados décadas, a pesquisa conseguiu averiguar o desempenho profissional de grande parte dos entrevistados.
Dos 20% que haviam planejado com detalhes, 80% alcançaram sucesso profissional em suas vidas, mesmo não cumprindo exatamente suas aspirações originais. Dos 80% que não sabiam exatamente o que queriam, apenas 20% conseguiram destaque ou sucesso em suas vidas.
A conclusão, óbvia, está na nossa capacidade de “enxergar” os porquês das nossas vidas, nas grandes divagações filosóficas existenciais que, porventura, fazemos (raison d’être), ou nas mais simples atividades que vivemos rotineiramente.
São os propósitos que nos move, independente de nossa consciência plena deles. Sendo assim, vivemos melhor se temos essas respostas (ou as procuramos).
Como sempre cito (a mim mesmo), “não existem ventos favoráveis para quem não sabe a que porto quer ir” (Sêneca).
.
Leonardo Seixas (Diretor de Marketing)